sábado, 8 de maio de 2010

Mães...simplesmente mães...


No decorrer desta minha caminhada no mundo das letras, já escrevi bastante sobre minha plenitude e felicidade em ser mãe, teci uma rede de homenagens aos meus filhos, netos...cantei em prosa e em versos toda a graça e mistério da arte de ser mãe, de gerar um ser humano em seu próprio ventre...
Mas...chegando o dia das Mães eu me engravido de novo...fico plena de emoções tão finas que sobressaem nitidamente através de meus olhos, de meus poros, de minhas palavras...fazer o quê? Ora...preciso dar a luz de novo ...parir estas emoções para reparti-las com todos...ligo a TV e assisto o padre Fábio cantando uma melodia nova para as mães e achei tão linda que lágrimas deslizaram pela minha face , de modo suave..suave..e então...me lembrei de minha mãe Maria do Rosário, que já fez a travessia e agora ,em outra dimensão deve olhar por mim...com aquele lindo olhar de bondade que me fazia mais calma e feliz...ah..que saudades suas , mamãe...
Fico-lhe grata por ter me dado a oportunidade de entrar nesta vida ,com amor, aconchego e alegria...como
deve ter sido bom para a Margaret bebê sugar seu leite saudável que me ajudou a crescer e ficar forte para encarar os dragões que porventura viessem me atacar...Como deve ter sido bom ter usufruído de seu colo macio e quentinho, após sair de seu útero abençoado...sentir suas mãos macias acariciando minha pele fininha e frágil... ouvir sua voz cantando doces cantigas de ninar...lembro-me até hoje.. pois já as cantei para os meus filhos e netos...
Depois...a audácia dos primeiros passos sendo levada pelas suas mãos ...as mãozinhas gorduchas unidas em preces ensaiando as primeiras orações ...o ensinamento da fé cristã, o amor acima de tudo...a senhora me ensinou Jesus , Maria, os anjos...me apresentou a toda família celestial como se íntima fosse dela...
Em seu colo...já grandinha e ainda caçulinha...eu aprendi as primeiras letras, na Cartilha Sodré..lembra , mãe? A pata nada ...eu bebia suas palavras, pois sempre fui atenta às letras, à linguagem..e então...vc me descortinou o mundo mágico da literatura..Monteiro Lobato..o sítio...Emília.. Narizinho Arrebitado, Visconde..etc..
E...eu mergulhava com segurança na ficção que um dia iria me ajudar a crescer um pouco melhor...
Ah..querida mãe ,cujo apelido Santinha não fora em vão...sempre apegada ao lar, aos filhos, ao marido...morena linda ...mulher que me gerou...que me consolou, cuidou e depois me viu partir ainda tão mocinha atrás de minhas ilusões...
Agora esta crônica é para você, minha amada...sei que você está lendo com seus olhinhos espirituais...sinto seu beijo agora e fico feliz em ser sua filha, e parecer com você...mesmos olhos, face, nariz, lábios..as mãos..ah! estas são idênticas! Muito obrigada!!! por ter me dado a oportunidade de saborear esta vida e ensinado que mesmo nas tormentas podemos nos manter dignos e confiantes!!!

2 comentários:

Marcellística disse...

Mamãe...

Tudo o que recebeu de minha vó santinha, passou para seu filhos com tanto mais amor, cuidado,dando forças nas lagrimas e gritando junto nas alegrias...
Te admiro e te amo,não poderia ter uma mãe melhor!
Obrigada mesmo por tudo...

Unknown disse...

Margaret, costumo dizer que o valor de uma mãe se exterioza nos filhos que possui. E aí está: mesmo sem conviver com sua mãe consigo endossar tudo o que você a ela se referiu, apenas por lhe conhecer bem! Parabéns pelo Dia de HOJE!! Beijos