segunda-feira, 30 de agosto de 2010


Ah...então tá...é só adentrar de novo na alma, espanar a poeira...que vem este turbilhão de ideias, de recordações, de saudades...não é difícil. Venham, junto comigo nesta viagem cósmica, irreal...onde os sonhos são nada mais que sonhos, onde as crianças não ficam adultas, e os adultos viram crianças...
Sozinha descanso na abadia de meus pensamentos achando que a vida é bela sim, mesmo com tantos problemas, emblemas, etc e tal..mesmo que nunca compreendamos a sua essência...é lindo olhar um pôr-de-sol, sentir o carinho dos filhos, o beijo de netos, a alegria dos amigos sinceros, o abraço do namorado antigo...comer um doce lambendo os dedos...ficar descalça após longa caminhada...
Ah...já vivi muitos ciclos...colhi muitas rosas, me feri com vários espinhos, mas o perfume..ah o perfume sempre me acompanhou...e eu lambi o sangue de minhas feridas com sofreguidão..Já me despedi de várias fases e posso dizer que em todas agradeci a Deus o dom da aprendizagem, o lenço que me enxugou as lágrimas...os braços dos amigos verdadeiros que me ampararam...
Sentar-se ao lado da própria alma não é fácil...mas quando conseguimos podemos sentir o sabor da vida com as cores das várias paixões que permearam nossas vidas...a trajetória fica mais suave quando descansamos um pouco ao lado da alma...esquecemo-nos de nós mesmos e ouvimos lá no fundo o coro maravilhoso de anjos que louvam ao Senhor de nossas vidas e dos nossos amores!

sábado, 14 de agosto de 2010


Meus dedos, dedinhos digitam aqui tão bonitinhos, tão rapidinhos tentando acompanhar os acordes de meu coração atrapalhado...ah! pobre cuore que se nutre de passione...
Não estou conseguindo entrar no ritmo disfuso, paro e paro tentando entrar nos acordes, na harmonia e fico triste...pois sou assim tão carente, desconfiada...será por quê?
Ah!!! anos e anos de total descompasso, de total descaso...que perdi a prática da espera, da confiança...uma flor que tenta se manter , pétala a pétala , viçosa, sem conseguir...meus dedinhos digitam aqui...acolá..quase num desespero de quem não sabe ao certo se é amado mesmo, de verdade...
Outro dia li uma observação de um cronista que diz que o cronista não recebe visitas, ele visita a sua própria vida...sem intimidade não há crônica fiel! Eu sou assim, alma desnuda, verdade crua de quem busca o amor, a amizade, o carinho, o afeto...e..barbaridade..isso não é mesmo carência???
Meus dedos, extensão de minha alma tentam desenhar em palavras esse meu momento de solidão, de frio, de dúvidas...arranho um sentimento estranho..e ele sangra...o sangue vermelho tinge o horizonte de meus sonhos...e tenta ,mesmo assim...jogar um brilho tênue de paz, esperança e verdade!